(G.) Atlas(= nome próprio), provavelmente de (G.) atlao (= eu sustento).
Gigante mitológico de força descomunal, filho de Tápeto e Clímene, que após a derrota dos Titãs para os Deuses foi condenado, por Júpiter, a sustentar o mundo nos ombros e é esta imagem do Titã que está perpetrada por muitos escultores. Desposou Hésperis e gerou sete filhas, as Atlântides. Ao recusar hospitalidade a Perseu, este mostrou-lhe a cabeça da górgona Medusa e transformou-o em pedra (alta montanha). Nomeia a primeira vértebra cervical que, por analogia, sustenta a cabeça. Galeno chamava esta vértebra de protospondilo [(G.) protos (primeira) e (G.) spondylos (= espinha)] ou epistrofeu [(G.) epi (= sobre, em cima) e strofein (= rodar)], nome que mais tarde designou, erroneamente, a segunda vértebra cervical (atualmente, axis). Foi apenas na época de Vesálio (e. 1540) que passou-se a denominar atlas à primeira vértebra cervical.