(L.) testiculus, diminutivo de (L.) testis (= testemunha).
Entre senhores e servos, o hábito de fazer juramentos ou testemunhos de fé segurando os testículos é antigo e existiu entre os indus, egípcios e hebreus (Gn 24, 9). Na Antiga Roma, a lei exigia que, na juris, o indivíduo mostrasse seus testículos. Tal lei, segundo consta, foi emanada depois que uma mulher enganou o senado, fazendo-se eleger cônsul (o que só era permitido para os homens) e legislando por vários anos até que engravidou e o embuste foi descoberto. Pela diferença de tamanho e altura entre os testículos, Herófilo (300 a.C.) acreditava que os filhos varões viriam do testículo direito (geralmente maior, mais pesado, mais baixo e, segundo sua crença, mais vascularizado). Galeno (l80) também acreditava nesta teoria e propunha, curiosamente, algumas manobras sexuais para garantir o sexo do futuro descendente. Para outros povos antigos, o sexo do recém-nascido dependia de quem, no casal, alcançava primeiro o orgasmo. Provavelmente o termo popular brasileiro ”puxa-saco”, no sentido de adulador ou submisso, venha deste antigo costume. A palavra latina, no plural (testa), dava nome a um tipo de ostra usada em votações populares importantes (plebiscitos}, onde o povo “testemunhava” e impunha sua vontade. Esta forma de votar ficou conhecida como ostracismo e geralmente destinava-se a confirmar uma sentença de destêrro.
