Origem: (L.) ad (=perto) e (L.) mirabilis (=maravilhoso).
A rede admiravel é o nome dado a um vaso sanguíneo que se ramifica para formar um plexo e deste o sangue é retirado através de um único ramo eferente. Já conhecida na Antiga chamava-a “diktuoides flegma”, de (G) diktuon (= rede de pesca) e (G.) phlebos (= veia). No corpo humano, o único tipo de rede admirável é o glomérulo renal, embora em animais inferiores os exemplos sejam mais numerosos. Galeno identificou esta rede em crânios de ovelhas e teceu comentários elogiosos, admirando sua arquitetura e função (para ele, transformação do espírito vital em espírito animal). As anastomoses da artéria carótida interna na base do crânio destes animais ele denominou “tauma megistos” (= milagre máximo). Vesálio e Berengario da Carpi (c. 1530) notaram o erro de Galeno ao tentar extrapolar estas observações para a espécie humana e foram os primeiros anatomistas a negar a sua existência no cérebro humano. O termo rede admirável (rete mirabile) foi usado por inúmeros anatomistas, através dos tempos, e designou vários plexos sanguíneos como o hipofisário, coróideo (HI ventrículo) e o círculo arterioso do
cérebro.
