Goiás inova mais uma vez no estudo da anatomia humana com o programa de doação de corpos. Uma luta de grandes instituições, como a Universidade Federal de Jataí (UFJ) e também o Instituto de Ensino e Pesquisa de Goiás (INEPG).
A doação de corpos é de extrema importância para o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão em anatomia humana. As doações são apoiadas pela Sociedade Brasileira de Anatomia.
As pessoas interessadas em contribuir com a ciência precisam registrar o interesse de doar o corpo após a morte. É uma forma de contribuir com o avanço dos estudos na área da saúde.
A doação de corpos é pouco divulgada no Brasil, mas já é uma prática comum em outros países. A ação voluntária de doação de corpos contribui com o desenvolvimento de pesquisas e novos tratamentos na saúde.
Além disso, a doação de corpos contribui também com a formação dos profissionais de saúde, que saem mais capacitados das instituições de ensino.
Hoje, o laboratório de anatomia da UFJ conta com apenas um cadáver para o estudo da anatomia humana. Dessa forma, os estudantes contam apenas com peças artificiais para o estudo. “O corpo humano pode colaborar com a formação de médicos e no desenvolvimento de pesquisas em saúde”, explica Bárbara de Lima Lucas, coordenadora de Anatomia Humana da UFJ.
Por isso, os interessados em doar os corpos podem se cadastrar por meio do Laboratório de Anatomia da UFJ. É preciso preencher um formulário e registrar em cartório. Uma cópia do documento fica com a universidade. “É uma ação voluntária que permite desenvolver novos tratamentos e reduzir os erros em cirurgias e tratamentos na saúde”, completa a coordenadora.
Em caso de morte do doador, um familiar precisa procurar a UFJ para comunicar o falecimento o mais rápido possível, pelo telefone da Coordenação do Curso de Medicina da UFJ (64) 36068234 ou por e-mail [email protected] . Depois disso, a universidade dará etapa no processo de recebimento do corpo. A comunicação da morte precisa ser feita em até 24 horas. Logo em seguida é feita a preparação do corpo. O processo é chamado de mumificação, que permite que os corpos sejam usados para estudo por mais de uma década.
O número de doadores de corpos é baixo no Brasil. Hoje no país, a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) tem um dos programas mais estruturados de doação de corpos. São mais de 800 doadores cadastrados.
A ideia é ampliar o programa em Goiás para fortalecer o ensino em saúde e a preparação dos profissionais. Assim, os corpos humanos ajudam os estudantes a conhecerem com fidelidade as estruturas dos organismos, sendo imprescindível para uma formação de qualidade.